segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
O preguiçoso das palavras
O poeta é …
O preguiçoso das palavras
Aquele que sem medo
Mente e ri à verdade
Ousado desrespeito esse
Por um João Cabral sem memória.
Que nas voltas mil de anil
Dormiu revirado e acena.
Logro desses fins.
Vejo me errado na cena,
Em filmes que não sei contar
E é pelo sinal, dele, que temo.
Ó errante Pessoa!
Quero ver a luz, nessa escuridão.
Quero ver-te nela e a desenhar
O poço fundo a transbordar
Um desses - de ti!
Em que te multiplicas
E sabes que só precisas de adormecer
Os outros que, por vezes, acendem.
Despe a pele completa,
Ossos e músculos até…
Deixas alguns órgãos
E fazes de conta que és.
Ficou lá em cima a luz
Na quarta estancia te vejo.
Já não brilha o pó do céu,
De um Camões que viu o mérito.
Sabem…
Dois génios, se entendem
Suas mentes comunicam
Como dois satélites num passo
Para o espaço de antena.
Rodrigo Camelo
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1 comentário:
Este poema é sem duvida um presente para todos os q te leiem...
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