quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Little Joy
Depois da passagem pela banda Los Hermanos (Rodrigo Amarante), fez-se acompanhar de um grupo improvável. Ou talvez não!
Little Joy formada pelo próprio Amarante, Fabrizio Moretti (Baterista dos The Strokes) e Binki Shapiro.
Curiosamente o disco começa com uma sonoridade a fazer lembrar o mais recente álbum de seu “irmão” de (Los Hermanos) Marcelo Camelo, com o tema “The Next Time Arround”. O canto de Amarante é por demais conhecido como afectuoso e melancólico. Mas não sendo um prodígio no canto, não deixa de ser extraordinariamente original… e lá para o final do tema, ainda somos surpreendidos com a voz de Binki a cantar em português numa belíssima variação rítmica.
Curiosamente o encontro entre estes três músicos deu-se em Lisboa no ano de 2006, que na época - com as respectivas bandas, cruzaram-se num festival, ficando logo projectado um dia trabalharem juntos. Dois anos depois eis o resultado.
Confesso que “Brand new start” tem mesmo a eloquência dos 60´s. Aliás, que aqui e ali se detecta no perfume deste novíssimo grupo.
O tema “No One’s Better Sake” além de ter um vídeo simples e original, demonstra que as boas ideias não precisam de muitas produções e artefactos. Aquele baixo inicial ainda toca na minha cabeça. Uma das últimas grandes surpresas do final do ano de 2008. A voz de Binki Shapiro é lindissima, muito embora me pareça demasiado colada, à canadiana Feist - do inicio. De qualquer forma, um disco totalmente desprovido de intenção. Como diria o próprio Amarante, a única direcção aqui: was to do it, with all our heart.
Para ouvir sem preconceito.
No One´s Better Sake
One thought, has me turning back
A dozen point the other way
We act upon desire
To reach your hand for higher
And patience isn't worth the wait
You've got knifes in your eyes
You would be happy not to change your mind
I can't defend you truly
When I worry about smoke instead of putting out the fire
And if we work it out
Chances are bound we'd be standing around
for no one's better sake
good-bye
What are we waiting for?
What are we waiting for?
What are we waiting for?
What are we waiting for?
What are we waiting for?
What are we waiting for?
What are we waiting for?
How faint might that light become
You focus 'bout miles away
Although my position
Just gives you ammunition
You're certain that I know my place
So is this how it ends
Oh with a whimper instead of bang
I can't defend you truly
When I worry about smoke instead of putting out the fire
And if we work it out
Chances are bound we'd be standing around
for no one's better sake
good-bye
We would be friends
if we'd try again
I'd take second place
just to end this
for no one's better sake
Good-bye
Pela vossa saúde.... Oiçam e vejam este video.
O Pesaroso Sentido
Chego a este lugar medonho
Que de tão belo se faz outro.
Cai-me dentro dos olhos
Cega-me e atinge-te
Enfeitiça-nos apenas
E num abismo se faz noite.
Quem ousa enfrentar,
Essa mãe luz natureza?
E esse velho rio vigoroso?
Enterro a melhor parte
Do meu coração desejoso
Neste gracioso chão emprestado.
E colho por isso o dever
Da testemunha que permanece
Fiel e seguidora
Do pesaroso sentido.
Da copa das árvores
Vejo o que não atinjo
Aventuro-me de ramo em ramo
De Lima em lima, te pego.
Que a dor que trago comigo
Prove da beleza que enxergo
Estou de olhar-ouvido atónito
Mas não acordo essa árvore.
Inventem-me um outro sentido!
Preciso de vir preparado
Que seja lúcido também.
Inventem-me outro dia,
Pois não estou programado
Da Lúcia musa serpente,
Sabe ao que vim, detalhado.
Está tão perto de mim
O que ao longe avisto
É Perfeita e bela,
Toda a lógica dela
Como a confusão
Verde que encontro.
E belo é, também, o caos, pois
Não há quem suporte o calmo,
Que do seu mundo monótono
Não nos oferece a alma.
As feras multiplicam-se de dia,
Mas devoram-se mais à noite.
É tão previsível essa tua
Impiedosa essência.
Tua marca tão duradoura,
Teu desprezo por nós, revoltante
Mas eternamente necessário.
Ela não cresce
Apenas acontece
Livre e sã, deliberada.
Enquanto recupero da dose,
Mais que da tua altiva pose
Os meus inimigos alimentam-te
E dão-me da eterna miséria.
Todos estamos reunidos
Ao teu redor numa língua certa
Por onde circula o ar e
Esses micos a navegar.
Pé ante pé, suspensos na vida.
A serpente reaparece nua
Senhora do reino
A única que mata e
Não deixa rasto.
Que animal é tão perfeito?
Nenhum outro
Se conhece assim,
Nem o pesaroso sentido.
Amazónia
Rodrigo Camelo
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Sad Eyes - Bruce Springsteen
You say you're happy and you're doin' fine
Well go ahead, baby, I got plenty of time
Sad eyes never lie
Sad eyes never lie
Well for a while I've been watching you steady
Ain't gonna move 'til you're good and ready
You show up and then you shy away
But I know pretty soon you'll be walkin' this way
Sad eyes never lie
Sad eyes never lie
Baby don't you know I don't care
Don't you know that I've been there
Well if something in the air feels a little unkind
Don't worry darling, it'll slip your mind
I know you think you'd never be mine
Well that's okay, baby, I don't mind
That shy smile's sweet, that's a fact
Go ahead, I don't mind the act
Here you come all dressed up for a date
Well one more step and it'll be too late
Blue blue ribbon in your hair
Like you're so sure I'll be standing here
I guess sad eyes never lie
I guess sad eyes never lie
I guess sad eyes never lie
Sad eyes never lierong>
1990 Bruce Springsteen
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
The Rolling Stones - I can almost hear you sigh
I can almost hear you sigh
I can almost hear you cry
On every crowded street
All the places we would meet
What will I do without you
They say that life goes on
I'm feeling sorry for myself
I can't belive you're gone
You acted much too calm
You turned on all the charm
You had a cold look in your eyes
I can feel your tongue on mine
Silky smooth like wine
I'm living with those memories
That's all that's left of you and me
I can almost hear you sigh
Almost hear you cry
When you made sweet love to me
And you turned on all the charm
Acted much too calm
You had a cold look in your eyes
Did it mean nothng
Was it all in vain
Was I just your fool
Or was the pleasure pain
Have you set me free
Or will I wake up
In the morning
And find out it's been a bad dream
Come on, I beg you
I want to be your main man
I can almost hear you sigh
Almost hear you cry
When you make sweet love to me
Almost see your smile
It stretched half a mile
You had a stone cold look in your eyes
domingo, 25 de janeiro de 2009
Elis & Tom - Só tinha de ser com você...
É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.
É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que a gente não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim
Como chegou a admitir o autor deste blog:
Se existissem cadeiras de “Sonoridades do Mundo” numa qualquer faculdade, num qualquer canto do planeta...Sim isso mesmo!
Se assim fosse (...) para mim não haveria melhor forma de começar do que o resultado da gravação “Só tinha de ser com Você” deste disco. Elis com uma voz quase irreconhecível, mas cantando como nunca e o arranjo magistral desse pianista fabuloso e tantas vezes esquecido, César Camargo Mariano.
Não esquecer esse "demónio" de baterista chamado Paulinho Braga.
Esse piano electrónico de César é...isso aí é sem palavras!
sábado, 24 de janeiro de 2009
Sugestão do Dia..Perdão! Do mês...Perdão! Do ano...
Esperanza Spalding
Vamos tentar o impossível!
Escrever sobre Esperanza Spalding sem recorrer ao chavão “Prodígio” ou qualquer sinonimo do género.
Creio que já estou fora do leque dos resistentes…
Gosto de pensar que um dos discos de sua formação musical terá sido um tal de Native Dancer de Wayne Shorter com (Milton Nascimento). O disco que fez os norte-americanos do jazz mergulhar, numa nova geração de talentos do Brasil. E que mudou a minha vida. E faz-me sentir um pouco mais perto desta mulher.
– Ponta de Areia no disco de Esperanza está “vestida” de um novo arranjo, sobretudo o papel do seu contra-baixo, que lhe confere uma nova pele, uma nova natureza. O seu canto parece extraído da mais que cintilante magia. Desculpem a adjectivação!
E que bem que lhe fica o português….
Se vivêssemos num mundo normal o concerto do próximo dia 1 de Fevereiro no Grande Auditório do CCB, não passaria despercebido à maioria do público, neste caso, português.
Aliás…minto! Ainda bem que não namoramos todos, o mesmo universo musical. Apropriei-me do disco desta senhora de 23 anos. E é meu, muito meu.
Quem me apanha noutro sitio ás 21:30 de Domingo?
Tiago Pereira da Silva
domingo, 18 de janeiro de 2009
O Estranho Caso de Benjamin Button
De: David Fincher
Com: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton
Género: Drama, Romance
Classificacao: M/12
Sinopse: Benjamin Button (Brad Pitt) tem um destino curioso e nasceu em circunstâncias pouco habituais. A sua vida é a estranha história de um homem que nasce com 80 anos e vai regredindo na idade, sem conseguir, como qualquer outra pessoa, parar o tempo. O filme conta o seu peculiar percurso e as atribulações da sua vida, desde 1918 até à actualidade, os seus amores, as suas alegrias e os seus dramas. E aquilo que consegue sobreviver à passagem do tempo.
PÚBLICO
Crítica Ípsilon por:
Luís Miguel Oliveira
*
O tempo voa; mas é duvidoso que "O Estranho Caso de Benjamin Button", mesmo ao cabo de duas horas e meia, chegue a efectuar o "take off ".
Sendo David Fincher um cineasta frio e cerebral, "desumano" (ou "desumanista", passe a expressão), era com curiosidade e alguma expectativa que aguardávamos esta sua incursão no "melodrama de vida", coisa a priori tão distante de tudo o que o autor de "Fight Club" e "Zodiac" (que por alguma razão hoje nos parecem melhores, mais escorregadios, do que "Seven") tinha feito até agora. Se a expectativa sai furada, isso tem de facto alguma coisa a ver com as temperaturas - os trópicos não são definitivamente o habitat de um cineasta polar como Fincher, e é tudo o que devia ser "quente", e bem se esforça para o ser, que mais insatisfatório é no "Estranho Caso de Benjamin Button" (a história de Scott Fitzgerald em que se baseia fica lá muito para trás, mera "inspiração"). Resumindo o que toda a gente já sabe, "O Estranho Caso de Benjamin Button" é a história de um homem (Brad Pitt) que nasce velho e morre novo. Um recém-nascido engelhado e artrítico, um ancião com corpo e pele de bebé - e entre as duas coisas uma vida que se vê a andar para trás.
Antes de se revelar um estratagema inútil e quase metafórico (a segunda parte, a história de amor com Cate Blanchett no curto momento em que as idades batem certo com os corpos que têm) começa por ser uma alavanca para o absurdo figurativo, quase surrealista: há uma estranheza invulgar nas cenas com Pitt transformado em criança velha, tornadas perfeitamente convincentes pela boa saúde de gozam na Hollywood actual as artes da maquilhagem e dos efeitos especiais (até nos surpreende como é fácil acreditar no Pitt velho e não fazer mais perguntas). Mas ainda antes de ser qualquer uma destas duas coisas era, sinalizada pela história do relógio cujos ponteiros andam ao contrário, a gota de "prédeterminação", o toque "desumano", mesmo maquinal, que podemos considerar como o pormenor mais "fincheriano": Benjamin Button tem o tempo "fechado", o tempo contado, sem a indefinição do tempo do homem comum (porque, por assim dizer, não há um limite para o avanço temporal mas há um limite preciso para o recuo temporal). Não deixamos de pensar que há aqui uma relação qualquer com "Zodiac", filme onde o tempo (embora correndo na direcção "normal") surgia constantemente marcado, e onde as personagens se perdiam de uma maneira que é impossível à personagem de Pitt.
Qual é exactamente essa relação é difícil de dizer. O filme parece perder determinação, razão de ser, ao longo do seu curso. Transforma-se numa história de testemunho do século XX americano (Button nasceu no dia do armistício da I Guerra), cujos sinais vão aparecendo fugazmente, como pedaços de uma paisagem entrevista pelas janelas de um comboio que não pára (ideia subtil, mas demasiado "turística" para se tornar relevante). No papel, o esquema do filme e do relato da vida de Button como testemunha do seu tempo (percebem-se as lembranças de "Forrest Gump", se se excluir o elogio da candura) seria representado por um longa linha vertical cruzada por vários pequenos traços horizontais. É nesses pequenos traços (os barcos na II Guerra, a história com Tilda Swinton em Murmansk) que se encontram os momentos mais luminosos de "Benjamin Button". A linha vertical, por seu turno, cedo se conforma em ser o "truque" que sustenta (muito pouco convincentemente) um melodrama banalíssimo. O tempo voa, com certeza; mas é duvidoso que "O Estranho Caso de Benjamin Button", mesmo ao cabo de duas horas e meia às voltas na pista, chegue a efectuar o "take off".
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
I don´t trust myself with loving you - John Mayer
No I'm not the man I used to be lately
See you met me at an interesting time
And if my past is any sign of your future
You should be warned before I let you inside
Hold on to whatever you find baby
Hold on to whatever will get you through
Hold on to whatever you find baby
I don't trust myself with loving you
I will beg my way into your garden
And then I'll break my way out when it rains
Just to get back to the place where I started
So I can want you back all over again
(I don't really understand)
Hold on to whatever you find baby
Hold on to whatever will get you through
Hold on to whatever you find baby
I don't trust myself with loving you
Who do you love?
Girl I see through, through your love
Who do you love, me or the thought of me?
Me or the thought of me?
Hold on to whatever you find baby
Hold on to whatever will get you through
Hold on to whatever you find baby
I don't trust myself with loving you
Hold on to whatever you find baby
Hold on to whatever will get you through
Hold on to whatever you find baby
I don't trust myself with loving you
I don't trust myself with loving you
I don't trust myself with loving you
I don't trust myself with loving you
domingo, 4 de janeiro de 2009
These arms of mine...
These arms of mine
They are lonely, lonely and feeling blue
These arms of mine
They are yearning, yearning from wanting you
And if you would let them hold you
Oh, how grateful I will be
These arms of mine
They are burning, burning from wanting you
These arms of mine
They are wanting, wanting to hold you
And if you would let them hold you
Oh, how grateful I will be
Come on, come on baby
Just be my little woman, just be my lover, oh
I need me somebody, somebody to treat me right, oh
I need your woman's loving arms to hold me tight
And I...I...I need...I need your...I need your tender lips
Otis Redding
They are lonely, lonely and feeling blue
These arms of mine
They are yearning, yearning from wanting you
And if you would let them hold you
Oh, how grateful I will be
These arms of mine
They are burning, burning from wanting you
These arms of mine
They are wanting, wanting to hold you
And if you would let them hold you
Oh, how grateful I will be
Come on, come on baby
Just be my little woman, just be my lover, oh
I need me somebody, somebody to treat me right, oh
I need your woman's loving arms to hold me tight
And I...I...I need...I need your...I need your tender lips
Otis Redding
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