quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"Tropa de Elite" (Brasil, 2007) - Um dos filmes mais aguardados do ano.


Atenção a este filme que, em principio estreará no Brasil lá para Outubro. Vamos ver quando chega até nós.
É óbvio que existem algumas semelhanças com o filme de Fernando Meireles. Mas intencionalmente não copia nada. Nem sequer a fórmula do mesmo. Mas o problema é que no panorama cinematográfico brasileiro, no que toca a filmes sobre a realidade das favelas no Rio de Janeiro, existirá sempre um antes e depois de "Cidade de Deus". Sem o virtuosismo técnico do outro, "Tropa de Elite" surpreende não só pelo desempenho, que considero irrepreensível, de Wagner Moura (existirão no momento, muitos actores tão bons, naquela geração? Creio mesmo que não), mas também pela coragem na abordagem temática, por mais que possa em muitos aspectos ser polémica, desenvolve e aprofunda muito mais, até que a própria "cidade de deus" (não que fosse essa a intenção do filme de 2002) a relação policia - narco-traficante e sobretudo as deficiências sobejamente conhecidas no sistema policial brasileiro, no caso especifico do filme, do Rio de Janeiro. O filme no fundo homenageá também uma tropa de elite militar, a chamada Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), os famosos homens de preto com o símbolo da caveira. O terror dos traficantes quando sobem o morro capazes de neutralizar qualquer tipo de criminosos. Mas o filme mostra também o reverso da medalha, o preço que se paga para ter um lugar mais que restrito, na super policia do Rio de Janeiro. Aqui não há lugar a policias corruptos. Esses não se chegam a formar...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Marcelo D2 - Pilotando o bonde da excurção

A propósito de "Turistas"

"Turistas (2006)" - O pior filme de sempre? Desculpem..O filme mais perigoso de sempre!

Prólogo inicial: Atenção ao poster...Turistas - Go home
sim ...sim fujamos todos!

Por: Tiago Pereira da Silva

E de repente pensei: a minha vida mudou um pouco depois de ter visto determinados filmes. A “Cidade Deus” por exemplo, considero mesmo, ser um dever cívico, assisti-lo.
“Apocalyse Now” e “Laranja Mecânica” dois dos que, maior impacto produziram sobre a minha pessoa.


Mas se existe a necessidade de reconhecer o quase, antes e depois, de ter assistido a filmes como estes, o equivalente contrário, também. E não estou a falar de filmes de série Z, nem tão pouco de equívocos cinematográficos como as sequelas: “Tubarão III”, ou “Super-Homem IV”, é que para mim, “Turistas”, tratar-se-á do pior filme de terror de sempre, se é que pode ser assim considerado, para além de que é extremamente perigoso na abordagem temática, o que os outros inocentemente não conseguiam, pelo menos, são simplesmente maus nos aspectos técnicos e não tanto, na busca incessante de clichés provocando de forma intencional, um juízo de valor extremamente perigoso, sobretudo para ser exibido a um determinado grupo alvo, (maioritariamente jovem) de salas de cinema, espalhadas pelo mundo, isso é amplamente conseguido pelo filme “Turistas”.
Eu não sei se John Stockwell é o pior realizador do mundo, mas não tenho muitas dúvidas sobre a incompetência inqualificável do guionista e produtor do filme. Genericamente o filme aborda a temática, sempre na ordem do dia, de tráfico de órgãos, neste caso com o pano de fundo - o maravilhoso Brasil, transformado aqui, num barril de pólvora prestes a explodir. As vítimas são, quem mais poderiam ser, um grupo de amigos turistas.

O filme tem início com um aparatoso acidente rodoviário em que o “ônibus”, onde seguiam os turistas maioritariamente anglo-saxónicos (Americanos, Ingleses, Australianos), para não embater em pedestres, que circulavam na estrada, despista-se a pique para uma ribanceira prestes a cair. Desde do princípio do filme e graças aos comentários iras cíveis de um dos protagonistas, apercebemo-nos logo da previsibilidade da cena. Importa aqui salientar, que a imagem que o filme transmite destes condutores de “ônibus” turísticos brasileiros, é a de uns completos assassinos na estrada. Tem graça, eu fartei-me de viajar de ônibus pelo Brasil, nunca em classe turística e jamais vi um pé pesado assim! Mas pronto, devo ter tido azar!

Mas continuando, o filme vai deambulando nos juízos de valor mais superficiais, estereotipados, preconceituosos e perigosos que vi, alguma vez, abordados no cinema.
A certa altura, um grupo de amigos-turistas, acabadinho de se formar, depois de recuperadas as malas, consegue alcançar a praia… O cenário idílico, de um Brasil bem de Cartão Postal, areia branca fina, um azul do mar indescritível, aquela mata densa a cobrir a praia e junto de uns coqueiros, um bar de praia, com as belas mulatas (escolhidas a olho, diga-se de passagem) …Portanto, o verdadeiro paraíso, que procuram milhares de turistas anualmente, eu chamar-lhe ia, e perdoem-me a expressão, putas, copos e vinho verde. É claro que temos de arranjar uma adaptação brasileira. Quem assistiu ao filme e está a localizar a cena a que me refiro, deverá ter tido uma sensação do tipo: Onde é que eu já vi este filme? Com uma cena vergonhosamente igual à chegada de Leo Dicaprio à praia no filme, justamente, chamado “A Praia”. O filme está cheio de referências ao filme de Danny Boyle. Aliás, John Stockwell terá visto também, a “Cidade de Deus” só que evidentemente, terá sido mal informado, ou pesquisado erroneamente, ou até, quem sabe, manipulado propositadamente a informação que adquiriu sobre o Brasil. Estamos a falar obviamente de um país com enormes discrepâncias sociais, em que muitas vezes os fenómenos de pobreza são impulsionadores, sobretudo nos jovens, para entrar no, muitas vezes fatal, mundo do narcotráfico. Mas criar um enredo e uma história, em que mais aprecia a dada altura do filme, que qualquer um das personagens principais de “Turistas” corria risco de vida, só por se encontrar numa aldeia ou vila pobre, parece-me extremamente arriscado. Para “Turistas” quase sempre pobre, significa ladrão, excepção feita no final, com um típico final feliz Hollywoodesco.

Provavelmente o realizador de “Turistas” não sabe, que a percentagem de criminosos de agregados habitacionais (favelas) numa cidade como o Rio e só considerando as mais perigosas, é na ordem dos 2%. Essa é certamente uma das razões, pelas quais, não se vê associado ao filme, nenhum actor brasileiro conhecido. Não devem ter passado da terceira página do guião. No filme, as personagens encontram-se perdidas algures no nordeste. Nem sequer vem bem explícito.

Bem sei que as próprias autoridades brasileiras, tiveram e têm culpa, pelo facto de, durante décadas, terem exportado o Brasil como o país da mulata, do Carnaval, do Samba e do futebol. Mas estou feliz, por ter assistido ao filme. É um pouco paradoxal, já sabíamos um pouco ao que íamos e apesar de nunca ter visto o Brasil tão mal tratado, o visionamento é muitíssimo importante, quase obrigatório para se retirarem ilações e denunciar.

O filme e sublinho, do meu ponto de vista, só acertou num cliché… A paginas tantas depois do ônibus se estatelar na ribanceira, sem vitimas, já que heroicamente toda a gente consegui salvar-se primeiro, depois é que o inevitável aconteceu, e a viatura lá acabou, com menos peso, por cair..Bem como na vida real, mas estava eu a dizer, exacto..o protagonista americano pergunta: Ninguém fala espanhol? Ao que a nova amiga Australiana responde: Aqui o idioma é o português. Sem comentários. Posso colocar um LoL neste texto?? É que ainda hoje me estou a rir.. Pensei inclusive e tenho testemunhas, se isto seria matéria para o “Sapo e a parafusa” ou este “Manipulator of Crowds”.
Temos de tudo o que pode haver de mau e perigoso, desde a Brasileira mulata que parece interessar-se numa festa por um inglês, e depois de seduzi-lo e leva-lo para a cama, retira, nas barbas dele, dinheiro, como quem diz: Tudo tem um preço meu amigo!

Mas o pior de tudo, quanto a mim é a passagem da operação, em que o médico brasileiro vai retirando os órgãos de uma das suas vítimas turísticas aprisionadas, e vai conversando num estilo macabro-pedagógico, do estilo: Vocês sugaram-nos durante séculos, retiraram-nos tudo, vêm para aqui gozar férias como se fossem reis e senhores, está na altura de fazer alguma coisa pelos pobres dos brasileiros que esperam um órgão nos hospitais. Do género de um Messias, justiceiro ou Robin dos Bosques… é pior que mau.

É um dever cívico assistir a “Turistas” de tão mau que é… A dada altura, não sei se estava mais chocado com os disparates do mesmo, ou se com os comentários exasperantes de uns “simpáticos” jovens de 15 anos na fila de trás, com barbaridades do género: “Vê-se mesmo que é um filme Brasileiro” ou, após acena em que uma pobre, de uma favela, partilha um prato quase vazio de comida com um turista, com um ar, de quem diz, é pouco, mas é o que eu tenho para dar..”Risos, lol, Epá esta a oferecer um prato vazio, alta cena”. Os mesmos seres, que amanhã vão andar a espalhar pela escola, que o Brasil é o país mais violento do mundo.

Querem um conselho? Nunca mais vão ao Brasil...

domingo, 2 de setembro de 2007

Haiti - Uma reflexão musical.



Segundo Tiago Pereira da Silva.


Não ambiciono um estudo sobre a letra "Haiti" de Caetano Veloso. Essa proposta seria de uma imensa ousadia e claro, também, de uma imensa inconsciência da minha parte.
Mas se puder, pelo menos, partilhar com o leitor deste post, a reflexão que este texto, de admirável beleza poética, despertou na minha pessoa...

Caetano interpela o ouvinte, propondo que assista no “adro da Fundação Casa de Jorge Amado”
a uma “fila de soldados, quase todos pretos, dando porrada na nuca de malandros pretos”. Esta citação ou invocação do alto do pelourinho em Salvador da Bahia, cria uma analogia fiel ao loca,l onde eram barbaramente torturados os escravos negros. A denuncia dos resquícios da escravidão, um “apartheid” disfarçado em que “sempre” viveu o Brasil.
“Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)”

Nestes versos Caetano ambiciona promover a reflexão sobre o paradoxo da agressão de um irmão negro sobre outro irmão negro. E vai mais longe, quando “questiona” se o massacre a cidadãos “menos” negros não servirá de exemplo para mostrar a “todo o mundo” como os malandros e pobres devem ser tratados. Claro que o satirizar as classes e feno tipos, do profundo ser do Brasil é uma é um rasgo de revolta, pelo jogo de palavras e a forma como estas são cantadas na voz de Caetano.
“E não importa se olhos do mundo inteiro possam estar
por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados”

A acusação de Caetano e a intertextualidade com os escritos do passado, lembrando a obra do importantíssimo Joaquim Nabuco, fazem destes versos a consideração, de que nem sequer influencia, demove, des-possibilita, o facto de que atenção de todos possa estar direccionada para a barbárie, porque esta é quase inevitável. Ampliada pela expressão “E não importa se olhos do mundo inteiro”.
“E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão”
Caetano ousa dizer que nada parece ter significado quando os direitos dos cidadãos são constantemente violados. Comparando inevitávelmenete, para reforçar a sua posição, com conceitos de profunda beleza estética. Demonstrando desde o apego à música de Paul Simon, ao deslumbramento físico das marcas arquitectónicas lusitanas, do alto do pelourinho (Salvador da Bahia) e a lente do programa “Fantástico” do Brasil. Nem sequer a expressão homérica do desenvolvimento de uma nação.
"Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui"
Chegado ao presumível Refrão, Caetano antecipa-o promovendo, mais uma vez, através da interpelação dos possíveis ouvintes, à reflexão sobre o Haiti. Na época desta letra, é sabido que esta pequena região do Caribe atravessava um dos períodos mais negros da sua história, e muito por força dos Senhores poderosos do Norte, vinha como país do mundo, segundo dados da ONU, onde se praticavam as maiores violações à Declaração Universal dos Direitos do Homem. Quando Caetano “ousa” mais uma vez, desta feita, no recurso ao refrão, através da afirmativa “O Haiti é aqui, parece querer dizer aos governadores Brasileiros que em muitos sentidos, o Brasil é também grotesco quanto à quantidade de atrocidades que vão acontecendo, minando e descrediblizando o país, por tanta corrupção, violações dos direitos dos cidadãos, mortes e sangue derramado. Quando afirma “O Haiti não é aqui”, parece, dirigir-se ao cidadão comum, recorrendo a uma afirmativa de esperança, negando para si próprio a possibilidade de um Brasil assim, Reflecte... Brasil pode e deve ser diferente, um projecto de nação totalmente oposto, onde, principalmente, não existam cidadãos de 2ª e 3ª.

Ao longo da letra Caetano vai fazendo sucessivas denuncias e ataques, a classes podres do Brasil, como na expressão “E na TV se você vir um deputado em pânico, Mal dissimulado, Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, Qualquer qualquer, Plano de educação, Que pareça fácil, Que pareça fácil e rápido, E vá representar uma ameaça de democratização, do ensino de primeiro grau” apelando mais uma vez para um forte sentido crítico de um povo de nação.
“E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual, Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon”.
Nesta fase da letra Caetano remete-nos para o universo Rio de Janeiro, conformando-se com a realidade dos assaltos e furtos a veículos automóveis, sendo uma inevitabilidade a passagem por sinais vermelhos a toda a hora, muitas vezes, pura sobrevivência. Uma das temáticas que o assombra como morador daquela cidade, é a poluição crescente em alguns bairros do Rio de Janeiro, o lixo da zona nobre do Leblon, envergonha qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.
“E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
diante da chacina 111 presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos”
Este primeiro verso abrilhantado pela inevitável, mas inteligentíssima, pausa musical aquando do término do verso, conduzem, finalmente Caetano sobre um dos intuitos desta música, marcar uma posição e dizer algo à sociedade civil Brasileira, sobre o crime na prisão de São Paulo – Carandiru. Crime horrendo, hoje já sobejamente falado, mas não tão reflectido, como a simples intuição liberta. A recordação e memória daquele dia trágico ficou, como que, numa camada mais profunda da memória, de alguns dos sucessivos governadores Paulistas, ou não tivesse o ambiente prisional do estado de São Paulo ganho contornos, completamente devastadores nos últimos dois anos.

Caetano deambula por diversas realidades, do quotidiano violento do Brasil moderno, que continuam extremamente actuais. As suas profundíssimas reflexões, amplificadas pela captação das diversas e complexas realidades que o atormentam e que o levam, aqui, permitam-me, de forma absolutamente inteligente, convidar o leitor ou ouvinte, através de interpelações, a rebater sobre estas evidências diárias, de uma nação que morre sufocada, financeiramente, por uma divida externa e que relega a, para não citar outros exemplos, a educação sempre para 2º plano.

Joaquim Nabuco - "Minha Formação"


L'esclavage au Brésil, Jean Baptiste Debret (1768-1848)

O maior responsável pelo chamado "Abolicionismo"...


1."NENHUMA DAS MINHAS IDÉIAS POLÍTICAS SE ALTEROU NOS ESTADOS UNIDOS,MAS NINGUÉM ASPIRA O AR AMERICANO SEM ACHÁ-LO MAIS VIVO,MAIS LEVE,MAIS
ELÁSTICO DO QUE OS OUTROS,SATURADOS DE TRADIÇÃO E AUTORIDADE,DE
CONVENCIONALISMO E CERIMONIAL".

2."..COMBATI A ESCRAVIDÃO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS,REPELIA-A COM
TODA A MINHA CONSCIÊNCIA- COMO A DEFORMAÇÃO UTILITÁRIA DA
CRIATURA, E NA HORA EM QUE A VI ACABAR PENSEI PODER PEDIR TAMBÉM MINHA
ALFORRIA,POR TER OUVIDO A MAIS BELA NOVA QUE EM MEUS DIAS DEUS PUDESSE
MANDAR AO MUNDO; E,NO ENTANTO,HOJE QUE ELA ESTÁ EXTINTA,EXPERIMENTO UMA SINGULAR NOSTALGIA : A SAUDADE DO ESCRAVO"...

3."A ESCRAVIDÃO PERMANECERÁ POR MUITO TEMPO COMO A CARACTERÍSTICA NACIONAL DO BRASIL.ELA ESPALHOU POR NOSSAS VASTAS SOLIDÕES UMA GRANDE
SUAVIDADE; SEU CONTATO FOI A PRIMEIRA FORMA QUE RECEBEU A NATUREZA
VIRGEM DO PAÍS -E FOI A QUE ELE GUARDOU; ELA POVOOU-O COMO SE FOSSE
UMA RELIGIÃO NATURAL E VIVA,COM OS SEUS MITOS,SUAS LEGENDAS,SEUS
ENCANTAMENTOS; INSUFLOU-LHE SUA ALMA INFANTIL,SUAS TRISTEZAS
SEM PESAR,SUAS LÁGRIMAS SEM AMARGOR,SEU SILÊNCIO SEM CONCENTRAÇÃO,SUAS ALEGRIAS SEM CAUSA,SUA FELICIDADE SEM DIA
SEGUINTE...É ELA O SUSPIRO INDEFINÍVEL QUE
EXALAM AO LUAR AS NOSSAS NOITES DO NORTE.

4.”QUANTO A MIM,ABSORVIA-A NO LEITE PRETO QUE ME AMAMENTOU; ELA
ENVOLVEU-ME COMO UMA CARÍCIA MUDA TODA A MINHA INFÂNCIA;ASPIREI-A
NA DEDICAÇÃO DE VELHOS SERVIDORES QUE ME REPUTAVAM O HERDEIRO
PRESUNTIVO DO PEQUENO DOMÍNIO DE QUE FAZIAM PARTE....ENTRE MIM E
ELES,DEVE TER-SE DADO UMA TROCA CONTÍNUA DE SIMPATIA - DE QUE
RESULTOU A TERNA E RECONHECIDA ADMIRAÇÃO QUE VIM MAIS TARDE A
SENTIR PELO SEU PAPEL".

5."PELA PEQUENA SACRISTIA ABANDONADA PENETREI NO CERCADO ONDE ERAM
ENTERRADOS OS ESCRAVOS...DEBAIXO DOS MEUS PÉS ESTAVA TUDO O
QUE RESTAVA DELES.SOZINHO ALI,INVOQUEI TODAS AS MINHAS REMINISCÊNCIAS,CHAMEI-OS A MUITOS PELOS NOMES,ASPIREI O AR
CARREGADO DE AROMAS AGRESTES,QUE ENTRETÉM A VEGETAÇÃO SOBRE SUAS
COVAS...".

6."OH,OS SANTOS PRETOS ! SERIAM ELES OS INTERCESSORES PELA NOSSA
INFELIZ TERRA,QUE REGARAM COM SEU SANGUE,MAS ABENÇOARAM
COM SEU AMOR !"....

Joaquim Nabuco (1849-1910)

sábado, 1 de setembro de 2007

CAZUZA - ENTREVISTA COM MARÍLIA GABRIELA 1988

"Obrigado Brasil" - Yo-Yo Ma

Rosa Passos, Paquito D´Rivera, Egberto Gismonti, Cyro Baptista, César Camargo Mariano, etc...