domingo, 20 de abril de 2008
Proibido Proibir ( * * * * *) - Uma obra-prima
Por: Tiago Pereira da Silva
Se eu tivesse que sugerir a uma pessoa, que só por uma vez pudesse assistir a um filme na sua vida, esta seria certamente, uma escolha acertada. Uma obra-prima absoluta.
O filme é de uma desarmonia contagiante, na demonstração das relações afectivas num grupo de três amigos. Mostra o ser humano como ele é.
Um Rio de Janeiro cruelmente verdadeiro, muito longe do cartão postal e que hoje se tornou um chavão para os cineastas brasileiros. Mas Jorge Durán consegue esse resultado, como nenhum outro realizador havia conseguido. Talvez nem mesmo Fernando Meirelles. A perspectiva é outra mesmo. A de uma cidade quase fantasma da sua beleza. Em que o encontro e desencontro das personagens, como na sua arquitectura, transmite o pulso e a luz da gente do subúrbio.
A “Trilha Sonora” é de outra galáxia. A liberdade estética da sua escolha, no cruzamento perfeito de imagem e som, possibilitam uma cena como a de Maria Flor “fotografando” a arquitectura da paisagem, numa das mais comoventes e eruditas cenas que vi num filme Sul-Americano em muitos anos.
Caio Blat a par de Wagner Moura e Lázaro Ramos é certamente um dos senhores que se segue, no que diz respeito ao panorama cinematográfico Brasileiro. Um rombo de representação.
Um daqueles filmes que cinco estrelas não chegam.
É Proibido perdê-lo.
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