sábado, 23 de agosto de 2008
Bold as Love - Jimi Hendrix
Anger he smiles, towering in shiny metallic purple armour
Queen jealousy, envy waits behind him
Her fiery green gown sneers at the grassy ground
Blue are the life-giving waters taken for granted,
They quietly understand
Once happy turquoise armies lay opposite ready,
But wonder why the fight is on
But theyre all bold as love, yes, theyre all bold as love
Yeah, theyre all bold as love
Just ask the axis
My red is so confident that he flashes trophies of war and
Ribbons of euphoria
Orange is young, full of daring,
But very unsteady for the first go round
My yellow in this case is not so mellow
In fact Im trying to say its frigthened like me
And all these emotions of mine keep holding me from, eh,
Giving my life to a rainbow like you
But, Im eh , yeah, Im bold as love
Yeah, yeah
Well Im bold, bold as love (hear me talking, girl)
Im bold as love
Just ask the axis (he knows everything)
Yeah, yeah, yeah
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
So As Mães São Felizes - Cazuza
Você nunca varou
A Duvivier às 5
Nem levou um susto Saindo do Val Improviso
Era quase meio-dia
No lado escuro da vida
Nunca viu Lou Reed
"Walking on the wild side"
Nem Melodia transvirado
Rezando pelo Estácio
Nunca viu Allen Ginsberg
Pagando michê na Alaska
Nem Rimbaud pelas tantas
Negociando escravas brancas
Você nunca ouviu falar em maldição
Nunca viu um milagre
Nunca chorou sozinha num banheiro sujo
Nem nunca quis ver a face de Deus
Já frequentei grandes festas
Nos endereços mais quentes
Tomei champanhe e cicuta
Com comentários inteligentes
Mais tristes que os de uma puta
No Barbarella às 15 pras 7
Reparou como os velhos
Vão perdendo a esperança
Com seus bichinhos de estimação e plantas?
Já viveram tudo
E sabem que a vida é bela
Reparou na inocência
Cruel das criancinhas
Com seus comentários desconcertantes?
Adivinham tudo
E sabem que a vida é bela
Você nunca sonhou
Ser currada por animais
Nem transou com cadáveres?
Nunca traiu teu melhor amigo
Nem quis comer a tua mãe?
Só as mães são felizes...
Composição: Frejat / Cazuza
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Por favor sequestrem Francisco Moita Flores!
A propósito de sequestros, nunca ninguém se lembrou de sequestrar Francisco Moita Flores na sua casa em Santarém, ou mesmo na câmara? E obriga-lo a ficar durante uma temporada de mais de um mês sem sair...
É que dizem as más línguas - que o homem nas horas vagas (quando não está atarefadíssimo nos três canais, indeferido ou em directo) também é presidente da câmara de Santarém.
Ao ver esta foto feliz - e a intrigante posição da sua mão …. Lembrei-me por exemplo da inteligentíssima associação da música de Caetano Veloso “Dom de Iludir” e sua versão/fusão com “Um tapinha não dói” em «Noites do Norte ao vivo». Realmente só as duas associadas encaixam no universo de Francisco Moita Flores em particular nesta foto.
E já que estamos na variedade dialectal do Brasil, falando claro de Moita Flores comentador profissional e Politico nas horas vagas….
E agora em discurso directo e até pelo facto de morar a uns quantos metros do BES onde tudo se passou, devo dizer-lhe Dr. Moita Flores: Que suas declarações, ou melhor, a leitura que possamos retirar delas, já começaram a produzir efeitos devastadores aqui na zona. Devo confessar que não me choca tanto o conteúdo técnico do seu discurso, mas mais o efeito boomerang das mesmas, por força do, infelizmente, enorme apelo popular que repercutem. Quanto ao aspecto técnico do seu discurso, não me choca porque (perdoe-me a sinceridade) reconheço nele aspectos ou características endémicas de um discurso, de um qualquer fascista. Por isso nada que não estivéssemos todos um pouco à espera.
E o Sr. sabendo disso, deveria pagar por cada barbaridade dita e assinada.
Este tipo de jornalismo de “investigação criminal” promove a instigação das massas, por força da agitação social que advertidamente causa e contraria séculos e séculos de conquistas de direitos e liberdades sociais.
Esta dificuldade de respeitar o outro, o desconhecido, o estrangeiro e o desconforto que muitas vezes é característica transversal de muitos cidadãos em muitas cidades do mundo, torna-se uma arma de arremesso do jornalismo popular e populista. Como que essa aparentemente natural desconfiança pela diferença, pelo desconhecido, fosse aproveitado e canalizado ao serviço de valores tão antigos como perigosos. Felizmente acredito, que em larga medida, o ser humano é composto por um enorme grau de tolerância e de aceitação pela diferença.
É evidente que estaremos todos de acordo, no que diz respeito aos recentes acontecimentos do BES de Campolide. Repudiar completamente este tipo de assalto. Mas foram Brasileiros, como poderiam ser Ucranianos, como, e desculpe Dr. Moita Flores, poderiam ter sido Portugueses…
Não preciso de fazer o exercício, de o recordar dos acontecimentos assustadores protagonizados por um português na paria do Futuro, um tal de militão (e aí ao que parece as vitimas foram mesmo os reféns). Ou porque não lembrar que o caso que deu origem ao tão aclamado filme (com uma brilhante Jodie Foster) “Os Acusados”, dos anos 80, foi inspirado nos crimes de violação, protagonizados por diversos imigrantes e descendentes da comunidade portuguesa local.
Voltando ao tal jornalismo preguiçoso, já estamos por demais à espera, nomeadamente na SIC e foi me completamente impossível não lembrar do «caso Maddie» e de suas “raríssimas” (e digo-o sem pudor absoluto pelo poder da ironia) análises, Dr. Moita Flores. A prontidão com que lhe atribuiu contornos novelescos, esquecendo-se por vezes (mas mesmo só - algumas vezes) que não estava a construir o Guião de mais uma fabulosa série da RTP. Mas que estupidez Tiago, o que estás tu a escrever? Vai que o Sr. “pega” na ideia e nos surpreende em Setembro com uma série do caso mais mediático de sempre em Portugal. É que realmente e parafraseando o incansavelmente brilhante Ricardo Araújo Pereira: Houve de facto dois grandes desaparecimentos no caso Maddie, um foi sem dúvida a rapariga inglesa e o outro foi Francisco Moita Flores da Câmara de Santarém.
Dizem as más-línguas (outra vez) que o homem até se encarrega de dar a chave alguém para lhe acender as luzes de casa, durante as noites em que se encontra em Lisboa, para os pobres vizinhos pensarem que ele se encontra em casa. Muito bem Sr. Dr., pelo menos 3 ou 4 votos tem, garantidos. Os outros achamos, felizmente, que já não engana mais.
Tiago Pereira da Silva
domingo, 3 de agosto de 2008
A Existência das Plantas
As plantas são as únicas filhas legítimas da Terra
As que não conhecemos de modo nenhum
As que não gravitam em nenhuma memória colectiva
As que não dizem perdão, porque não erraram.
Alguns chamam-lhe seiva
Outros de tão bruta,
Fazem dela, elaborada.
Salvam penhascos imensos
E planícies inteiras também.
A força do seu desespero
Comunica-lhes o desejo
De um dia perceberem a sua existência
Certa e verdadeira,
Deliberada...
Como uma história de Amado.
A existência das plantas
Não se percebe só
Pela música de Pedro Luís,
Nem pela vida secreta de Stevie
Mas também na lógica de quem
Um dia cessou caminho
E ressurgiu Loendro.
Rodrigo Camelo
Inspirado na música: "The Secret Life Of Plants" de Stevie Wonder
As que não conhecemos de modo nenhum
As que não gravitam em nenhuma memória colectiva
As que não dizem perdão, porque não erraram.
Alguns chamam-lhe seiva
Outros de tão bruta,
Fazem dela, elaborada.
Salvam penhascos imensos
E planícies inteiras também.
A força do seu desespero
Comunica-lhes o desejo
De um dia perceberem a sua existência
Certa e verdadeira,
Deliberada...
Como uma história de Amado.
A existência das plantas
Não se percebe só
Pela música de Pedro Luís,
Nem pela vida secreta de Stevie
Mas também na lógica de quem
Um dia cessou caminho
E ressurgiu Loendro.
Rodrigo Camelo
Inspirado na música: "The Secret Life Of Plants" de Stevie Wonder
Tua Prosa Menino...(dos perdidos e achados)
Era uma vez um menino!
Perdido nos seus próprios meandros
Reinventa, aqui e ali, com cuidado
Despreocupado de tamanha liberdade
Mas comprometido no mundo
Mágico das palavras.
A sua prosa já vai alta
Saltou esse muro…
Que suspeito
Ser de sua invenção.
Que engenhosa criação, menino!
De que te servem
Esses super-homens de (l)egos?
Enfim, vives não independente!
Barricado estás, na multidão
Destes espectros arrastados
Que se entretêm em vão.
Rodrigo Camelo
Perdido nos seus próprios meandros
Reinventa, aqui e ali, com cuidado
Despreocupado de tamanha liberdade
Mas comprometido no mundo
Mágico das palavras.
A sua prosa já vai alta
Saltou esse muro…
Que suspeito
Ser de sua invenção.
Que engenhosa criação, menino!
De que te servem
Esses super-homens de (l)egos?
Enfim, vives não independente!
Barricado estás, na multidão
Destes espectros arrastados
Que se entretêm em vão.
Rodrigo Camelo
Visão Infame
Eu sou aquele que se mistura
Com a areia que dança na praia,
E sonho no ondulo da tua cintura,
Daquelas graciosas como pele de Raia.
Eu sou o jardineiro,
O delator da verdade
Que avista teus sonhos plácidos
E voa para dentro dos teus cem mil pedaços.
E sou a tua revelação,
Aquela que trazes escondida
Com esse olhar de comprometida,
Enquanto passeio nu na escuridão.
E sou também a tua pele acordada,
Pelo teu saudoso serpentear
E que não queiras nunca patentear,
Desta visão infame apurada.
Rodrigo Camelo
Com a areia que dança na praia,
E sonho no ondulo da tua cintura,
Daquelas graciosas como pele de Raia.
Eu sou o jardineiro,
O delator da verdade
Que avista teus sonhos plácidos
E voa para dentro dos teus cem mil pedaços.
E sou a tua revelação,
Aquela que trazes escondida
Com esse olhar de comprometida,
Enquanto passeio nu na escuridão.
E sou também a tua pele acordada,
Pelo teu saudoso serpentear
E que não queiras nunca patentear,
Desta visão infame apurada.
Rodrigo Camelo
O (om) do Brasil…
É Tão bom,
E...
Tá tudo certo
Bem depressa e se dá bem
Com tudo aberto
Tem também
Você não vai ficar
No tom…
Lugar cabreiro
Despe logo a minha casca,
De um morteiro
E vede logo essa tasca,
Você só quer saber
Do bom…
Veado em Lima,
Tudo pode me brotar
Sem dar em cima
Mas deixa a mim, falar
E pede para embalar
No som…
E dou permisso
Rio apagado
E mil e um enguiço,
Tudo afagado
Mas pede para manter…
O dom…
Não sobra nada,
Rainha quer teimar
Com, Tv ligada,
Vê lá não vá queimar,
E deixa a mim dizer:
Que é tão bom!
Rodrigo Camelo
E...
Tá tudo certo
Bem depressa e se dá bem
Com tudo aberto
Tem também
Você não vai ficar
No tom…
Lugar cabreiro
Despe logo a minha casca,
De um morteiro
E vede logo essa tasca,
Você só quer saber
Do bom…
Veado em Lima,
Tudo pode me brotar
Sem dar em cima
Mas deixa a mim, falar
E pede para embalar
No som…
E dou permisso
Rio apagado
E mil e um enguiço,
Tudo afagado
Mas pede para manter…
O dom…
Não sobra nada,
Rainha quer teimar
Com, Tv ligada,
Vê lá não vá queimar,
E deixa a mim dizer:
Que é tão bom!
Rodrigo Camelo
Voas numa cidade qualquer
Anjo triangular que guias!
O Aparelho em que voas,
Num vento forte que assobias,
Vê-se do alto de todas as trilhas boas.
Batalha nessa guitarra,
Sábio, o risco de te ganhar,
No fantástico som de farra
Nesse rio-voz de teu lar.
A tua inocência é viúva
Perdeu o elo da Fanga.
Vós, a eterna miúda
Com beijos escondidos na manga.
Na outra margem, te avisto
De onde os ruídos são manifesto
As causas de tudo isto
De um ser gente – imodesto.
De segunda a qualquer madrugada,
Espero por ti sem saudade
Porque a ânsia vem sempre cruzada,
Como a rima em vão – puberdade.
Aconteceu-me em Sevilha,
Pisar desse céu mergulhado,
Onde assinaste a cartilha,
Num perpétuo fio trilhado.
Conheço-te, enfim, Buenos Aires,
Lugar do teu começo
Avisto-te de três andaimes
E compro-te livre de apreço.
Meu povo de humor quente,
Vens para sempre educado
E eu por mais que tente
Não tenho em mim um soldado
Que lute por ti de dia
E cuspa teu sangue mais à noite.
Mas vejo sinceramente a via
Nesse ser anjo que de afoite.
Rodrigo Camelo
O Aparelho em que voas,
Num vento forte que assobias,
Vê-se do alto de todas as trilhas boas.
Batalha nessa guitarra,
Sábio, o risco de te ganhar,
No fantástico som de farra
Nesse rio-voz de teu lar.
A tua inocência é viúva
Perdeu o elo da Fanga.
Vós, a eterna miúda
Com beijos escondidos na manga.
Na outra margem, te avisto
De onde os ruídos são manifesto
As causas de tudo isto
De um ser gente – imodesto.
De segunda a qualquer madrugada,
Espero por ti sem saudade
Porque a ânsia vem sempre cruzada,
Como a rima em vão – puberdade.
Aconteceu-me em Sevilha,
Pisar desse céu mergulhado,
Onde assinaste a cartilha,
Num perpétuo fio trilhado.
Conheço-te, enfim, Buenos Aires,
Lugar do teu começo
Avisto-te de três andaimes
E compro-te livre de apreço.
Meu povo de humor quente,
Vens para sempre educado
E eu por mais que tente
Não tenho em mim um soldado
Que lute por ti de dia
E cuspa teu sangue mais à noite.
Mas vejo sinceramente a via
Nesse ser anjo que de afoite.
Rodrigo Camelo
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