Se desmorono, sou edifício
Se rasgo, sou livro
Se rebento, sou mar
Se sofro, sou Blues
Se conto, sou denuncia
Se acrescento, sou prosa
Se verso, sou lírico
Se detalhe, sou Eça
Se jogo, sou vicio
Se alcanço, sou grito
Se caio, sou ar
Se pranto, sou!
Sou país, se Africano
Sou sopro, se balão
Sou riso, se criança
Sou bandeira, se real
Sou jazz, se Americano
Sou mulher, se cometa
Sou mar, se Sophia
Sou misticismo, se perdão
Sou capitão, se Neruda
Sou margem, se rio
Sou velho, se Francisco
Sou ausente, se cego.
Se exagero, sou Cazuza
Sou cuba, se fiel
Se noite, sou luz
Sou marginal, se fascinado
Sou verdade, se finjo
Se água, sou fogo
Sou animal, se primata
Se duvida, sou pragmático
Se pátria, sou língua
Se concreto, sou ambíguo
Sou homem, se poeta
E sou Cecília, se Meireles...
Rodrigo Camelo
14 de Julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
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2 comentários:
E depois outros há que brincam com palavras como se de um peão se tratasse.
A simplicidade complexa deste texto está fabulosa. Dei comigo a viajar mundo fora.
Parabéns, Tiago.
Bjs,
Ana.
Lindo isso. Não conheço o autor.
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