quarta-feira, 18 de março de 2009

Sei que és tu
Quando respiro por entre as folhas
E vejo multiplicar meu esforço
Nas luxuosas glândulas desse teu lar.
E como de costume o que era de costume
Fumo Branco, um dançar esperto
E não mais que a aliteração em C
Cem cinturas cegas e cintilantes.
Vou sem fim até a cinza vir.
Roubo tudo isto ao teu sonho
E tu, uma parte (só) do meu real
Que não disfarça o teu transpirar
Em matéria bruta que se desfaz.
E sob a seiva escapa a fantasia
Transborda na matemática dos poros
Ou numa geleia de ingredientes.
Basta provar a introdução do teu corpo
Como receita - para a minha alegria.

Saio iletrado de ti
Mas ignorante do meu - corpo
Que sem a extensão tua
Vale um resto antropófago.
E manifesto vontade de nutrir
Minha prosa no teu romance
Que um grito de Oswald
Ajuda a compreender.
Bebi um pouco de lucidez
Ou a urgência desse teu liquido
Mas sei que tua técnica
Destila o caminho
Sobretudo, onde ninguém vê.
Num ensaio ás cegas
Onde o acaso nos escolheu
Com o compromisso de sempre – lê:
Numa lógica Marcelista sem (p) no Campelo:
Só sOu - em nÓs

Rodrigo Camelo 2009

1 comentário:

Anónimo disse...

:))))))))))))))))))))))))))))))) I only exist because of you.. *