"Music can save people, but it can not in the comercial
way it´s being used. It´s just too much. It´s pollution."
Bob Dylan
"All a musician do is get closer to the sources of nature,
and so feel that he is in communion with the natural laws."
John Coltrane
Final da I Parte.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
Dave Matthews Band - Quem ?
Por: Tiago Pereira da Silva
Nós, os que tivemos presentes, mudámos todos, um bocadinho…
Nada
No palco, não havia nada, nem nenhum elemento da Dave Matthews Band que não espelhasse a mais que perfeita emoção da plateia. Nada que pudesse prever!
Mas a determinada altura da noite… nada que pudesse alterar o sentido daquele acontecimento. Não que o público não conhecesse, o vastíssimo leque de surpreendentes artimanhas musicais de Dave Matthews e seus pares, mas até este se mostrou atónito, com uma recepção tão eufórica, de um público que em nada desiludiu e em tudo superou os mais cépticos à partida. Confesso que fui um deles.
O extensíssimo vazio na parte norte das bancadas com a primeira entrada de Dave Matthews em palco, para apresentar Nightwatchman nome artístico do ex-guitarrista dos Rage Against the Machine, fazia antever uma recepção vergonhosa (em termos de numero) para aquela que é, muito provavelmente, uma das maiores bandas ao vivo da actualidade e considerando vários géneros musicais. Porque se existe uma banda que verdadeiramente poderá se designar: banda de palco, esse honroso título pertencer-lhes-á sem muita cerimónia. É que é de facto ali, o seu terreno privilegiado de criação.
Como os Beatles precisavam do estúdio, a Dave Matthews Band precisa do palco. E perdoem-me mais esta analogia. Ali, dão lugar ao seu mais que criativo legado de solos e improvisos “quase preparados”, em que cada músico parece desafiar os colegas, para além da enorme incitação ao auto-desafio. A alegria, atrevimento, cumplicidade transborda nos olhares sagrados, que vão-se revelando ao longo de mais de 3 horas de concerto, de uns para os outros, e, dos elementos da banda para o público. Aliás, a forma de estar em palco de Dave Matthews como Frontman é, acredito eu, sem precedentes. Ele não é igual a ninguém, e dos muitos heróis do rock que o inspiraram a ser músico, não vejo parecenças com nenhum deles… qualquer coisa de Cash, de Dylan, de Lennon no auto-humor instalado.. Mas, o que estou eu para aqui a dizer?
Dave Matthews é irresistível em palco, ninguém lhe é indiferente e a sua inteligência e simplicidade transborda e transbordou num apogeu a solo chamado “Sister” canção de homenagem a sua irmã assassinada em Joanesburgo – África do Sul.
Ouvi naquele concerto, algumas das melhores versões de algumas musicas da Dave Matthews Band. E isto é dizer muito. “Jimi Thing” nunca foi tão arrebatadoramente alegre.
A banda deliciou os fãs do primeiro ao último minuto do 2º encore. Como os grandes heróis do passado, tratou-se de um concerto extenso, mas não de mais, tipo “old fashion way”. E a raríssima presença de 2 encores da banda, durante as digressões da mesma pelos EUA transmite um pouco a ideia da emoção e impressão com que os elementos da Dave Matthews Band saíram do nosso país.
Ignorados à Partida...
Não vi um único cartaz a publicitar a banda nos meses que antecederam o concerto. Se quiser ser muito rigoroso e, não sendo um muito atento ouvinte de rádio, não me lembro de ouvir uma única música da Dave Matthews Band passar na rádio, excepção feita a “The Space Between” de que confesso também, não ser um especial fã. Não vi, nem ouvi no dia seguinte ao concerto, nas televisões, qualquer referência ao mesmo. Só li a crítica, diga-se em tom de partida - muito bem elaborada, da jornalista do público, que transcrevi na íntegra para os “fieis” seguidores deste blog.
Bom! e não é que não tenha tentado procurar. Se quiserem ter uma ideia de onde estou a querer chegar, vou estabelecer esta comparação inevitável: O destaque dado à imprensa à cantora Beyoncé que curiosamente tocou, também ela no Pavilhão Atlântico um dia antes da Dave Matthews Band. No dia a seguir ao concerto havia uma foto da cantora, em praticamente todos os diários do país fazendo naturalmente, referência ao “esmagador” sucesso do seu concerto (nada que este país não estivesse à espera). Bem, mas, ainda voltando ao antes do concerto de ou da Beyoncé, esta, foi inclusive, entrevistada em directo por dois canais de TV.
Dia 24 de Maio, sexta-feira, como é nosso hábito cá em casa comprámos a Visão. Revista com reconhecidos méritos jornalísticos, que parece que também tem um tal de Ricardo Araújo Pereira ;) autor semanal da crónica Boca do Inferno, que não deve ter achado muita piada ao que vou fazer referência. Visto a encontrar-se a apenas 9 folhas de distância da cantora. Uma das divisas da revista Visão é a parte referente à cultura, apropriadamente chamada de Visão Cultura. Acreditem, ou não, a parte musical, está inteiramente dedicada a Beyoncé, portanto cinco páginas. E sobre a Dave Matthews Band nem uma linha. Como é que se pode explicar esta diferença? Como é que se pode ignorar uma banda destas e a um tal ponto que, simplesmente, não “passa” na Rádio nem se vêem, quase nenhumas referências da imprensa escrita?
O Pavilhão Atlântico no dia 25 de Maio estava praticamente cheio e, estou seguro, Portugal terá tido poucos concertos assim. Também pode ser ignorado isso, porque a Dave Matthews Band parece aliada à mais que incrível aliança dos que a fizeram, chegar onde chegaram – o seu público. Este, não tem que ser fiel, tem que sobreviver. Este, não tem que procurar, tem que importar. Este, não tem que pedir para ouvi-los, porque a Dave Matthews Band tem, do que é mais belo na musica e faz-nos sonhar.
Nós, os que tivemos presentes, mudámos todos, um bocadinho…
Nada
No palco, não havia nada, nem nenhum elemento da Dave Matthews Band que não espelhasse a mais que perfeita emoção da plateia. Nada que pudesse prever!
Mas a determinada altura da noite… nada que pudesse alterar o sentido daquele acontecimento. Não que o público não conhecesse, o vastíssimo leque de surpreendentes artimanhas musicais de Dave Matthews e seus pares, mas até este se mostrou atónito, com uma recepção tão eufórica, de um público que em nada desiludiu e em tudo superou os mais cépticos à partida. Confesso que fui um deles.
O extensíssimo vazio na parte norte das bancadas com a primeira entrada de Dave Matthews em palco, para apresentar Nightwatchman nome artístico do ex-guitarrista dos Rage Against the Machine, fazia antever uma recepção vergonhosa (em termos de numero) para aquela que é, muito provavelmente, uma das maiores bandas ao vivo da actualidade e considerando vários géneros musicais. Porque se existe uma banda que verdadeiramente poderá se designar: banda de palco, esse honroso título pertencer-lhes-á sem muita cerimónia. É que é de facto ali, o seu terreno privilegiado de criação.
Como os Beatles precisavam do estúdio, a Dave Matthews Band precisa do palco. E perdoem-me mais esta analogia. Ali, dão lugar ao seu mais que criativo legado de solos e improvisos “quase preparados”, em que cada músico parece desafiar os colegas, para além da enorme incitação ao auto-desafio. A alegria, atrevimento, cumplicidade transborda nos olhares sagrados, que vão-se revelando ao longo de mais de 3 horas de concerto, de uns para os outros, e, dos elementos da banda para o público. Aliás, a forma de estar em palco de Dave Matthews como Frontman é, acredito eu, sem precedentes. Ele não é igual a ninguém, e dos muitos heróis do rock que o inspiraram a ser músico, não vejo parecenças com nenhum deles… qualquer coisa de Cash, de Dylan, de Lennon no auto-humor instalado.. Mas, o que estou eu para aqui a dizer?
Dave Matthews é irresistível em palco, ninguém lhe é indiferente e a sua inteligência e simplicidade transborda e transbordou num apogeu a solo chamado “Sister” canção de homenagem a sua irmã assassinada em Joanesburgo – África do Sul.
Ouvi naquele concerto, algumas das melhores versões de algumas musicas da Dave Matthews Band. E isto é dizer muito. “Jimi Thing” nunca foi tão arrebatadoramente alegre.
A banda deliciou os fãs do primeiro ao último minuto do 2º encore. Como os grandes heróis do passado, tratou-se de um concerto extenso, mas não de mais, tipo “old fashion way”. E a raríssima presença de 2 encores da banda, durante as digressões da mesma pelos EUA transmite um pouco a ideia da emoção e impressão com que os elementos da Dave Matthews Band saíram do nosso país.
Ignorados à Partida...
Não vi um único cartaz a publicitar a banda nos meses que antecederam o concerto. Se quiser ser muito rigoroso e, não sendo um muito atento ouvinte de rádio, não me lembro de ouvir uma única música da Dave Matthews Band passar na rádio, excepção feita a “The Space Between” de que confesso também, não ser um especial fã. Não vi, nem ouvi no dia seguinte ao concerto, nas televisões, qualquer referência ao mesmo. Só li a crítica, diga-se em tom de partida - muito bem elaborada, da jornalista do público, que transcrevi na íntegra para os “fieis” seguidores deste blog.
Bom! e não é que não tenha tentado procurar. Se quiserem ter uma ideia de onde estou a querer chegar, vou estabelecer esta comparação inevitável: O destaque dado à imprensa à cantora Beyoncé que curiosamente tocou, também ela no Pavilhão Atlântico um dia antes da Dave Matthews Band. No dia a seguir ao concerto havia uma foto da cantora, em praticamente todos os diários do país fazendo naturalmente, referência ao “esmagador” sucesso do seu concerto (nada que este país não estivesse à espera). Bem, mas, ainda voltando ao antes do concerto de ou da Beyoncé, esta, foi inclusive, entrevistada em directo por dois canais de TV.
Dia 24 de Maio, sexta-feira, como é nosso hábito cá em casa comprámos a Visão. Revista com reconhecidos méritos jornalísticos, que parece que também tem um tal de Ricardo Araújo Pereira ;) autor semanal da crónica Boca do Inferno, que não deve ter achado muita piada ao que vou fazer referência. Visto a encontrar-se a apenas 9 folhas de distância da cantora. Uma das divisas da revista Visão é a parte referente à cultura, apropriadamente chamada de Visão Cultura. Acreditem, ou não, a parte musical, está inteiramente dedicada a Beyoncé, portanto cinco páginas. E sobre a Dave Matthews Band nem uma linha. Como é que se pode explicar esta diferença? Como é que se pode ignorar uma banda destas e a um tal ponto que, simplesmente, não “passa” na Rádio nem se vêem, quase nenhumas referências da imprensa escrita?
O Pavilhão Atlântico no dia 25 de Maio estava praticamente cheio e, estou seguro, Portugal terá tido poucos concertos assim. Também pode ser ignorado isso, porque a Dave Matthews Band parece aliada à mais que incrível aliança dos que a fizeram, chegar onde chegaram – o seu público. Este, não tem que ser fiel, tem que sobreviver. Este, não tem que procurar, tem que importar. Este, não tem que pedir para ouvi-los, porque a Dave Matthews Band tem, do que é mais belo na musica e faz-nos sonhar.
sábado, 26 de maio de 2007
Dave Matthews Band - Finalmente !
Ontem à noite no Pavilhão Atlântico
Finalmente, Dave Matthews Band
26.05.2007 - 14h30 Silvia Pereira, PÚBLICO
"Tenho pena que tenhamos demorado tanto tempo a vir cá. Muito obrigado por terem esperado!" Foi assim que Dave Matthews começou por agradecer a longa espera dos milhares de fãs que encheram ontem à noite o Pavilhão Atlântico. Num concerto com "finalmente!" escrito por todo o lado, líder e banda suaram para deixar o momento bem marcado na memória de todos, colmatando a ausência com mais de três horas de concerto – dois encores incluídos – sempre no topo da criatividade, força e génio que vêm colados ao seu nome. Se há esperas que valem a pena, esta foi uma delas.
O violino com wah-wah, de Boyd Tinsley, em "Everyday" foi o começo auspicioso de uma noite pejada de ritmo e de grandes emoções. "Que recepção!", comentou Matthews antes de "Dreaming", seguida do "Obrigado" que nunca é demais (com pronúncia melhorada ao longo do concerto, tantas foram as vezes que agradeceu). Comunicativo, bem disposto, modesto, com sentido de humor apurado. Foi este o Dave Matthews que Portugal encontrou pela primeira vez. Não era só ele que repetia "obrigado". Os fãs iam dizendo a mesma palavra baixinho. Ou agradeciam o momento com aquilo por que o público português é conhecido: uma entrega incondicional.
Em noite de estreia, a opção mais óbvia podia ter sido tocar o maior número de canções com a maior abrangência discográfica possível. Como o "óbvio" não faz parte do vocabulário da Dave Matthews Band, a escolha foi outra: pegar nos temas e construir pontes, a partir deles, para o excercício de uma inventividade sem par.
As várias "jams" que se introduziram por entre as canções poderiam ser, noutra banda, causa de bocejo. Na Dave Matthews Band, porém, esse jogo musical é um momento de revelação do quanto a banda é decisiva no resultado, do quanto os músicos estão entrosados após anos e anos de convívio, do quanto é importante saber manter o puro gozo de tocar. Isto, mais do que meramente agradável, é contagiante. É como se Dave Matthews e os seus abrissem as portas para um mundo só deles. Ou como se recebessem estes (novos) amigos na sua casa musical.
Naturalmente excelente
As músicas estendem-se "ad infinitum" sem se tornarem cansativas, porque vão desaguando constantemente em novas formas, outros ritmos, instrumentos diversos e, no limite, diferentes estados de espírito. Assim se construiu um concerto que alternou, como os álbuns, entre momentos de subtileza ("Gravedigger"), de paixão ("The idea of you"), de profunda sensibilidade ("Sister"), de puro gozo ("Stay") ou de pulmões abertos para toda a sala – o mundo – ouvir ("When the world ends").
Há muito pouco de "virtuosismo pelo virtuosismo", apesar de ser obrigatório tirar o chapéu a todo e cada um dos elementos da banda, com um destaque muito especial para as fantásticas manobras do baterista Carter Beauford (sem dúvida o pilar de sustentação deste palácio). Até Tom Morello – o mítico e mui inventivo guitarrista dos Rage Against The Machine, hoje nos Audioslave e em carreira a solo sob o nome The Nightwatchman (projecto que apresentou na primeira parte do concerto) – consegue manter-se discreto quando se junta à banda. É um virtuoso? É. Mas, aqui, é com naturalidade e partilhando o holofote que se deixa cair num invejável solo de guitarra.
Tudo é naturalmente excelente, sem uma única nota negativa ao longo de mais de três horas de música. Não é fácil dar concertos tão longos. Menos fácil ainda é fazê-lo sem cansar o público. Longe disso – a sala, repleta, queria ainda mais. Faltaria sempre uma música, dada a vastidão do espólio do grupo norte-americano. E convém que sobre alguma coisa para a prometida próxima vez. Antes de finalizar o primeiro encore – ainda viria um segundo para "Don't drink the water" e "Rapunzel"” – Dave Matthews mostrou ter sido também ele conquistado: "Tenho que vos dizer que vocês são o público mais vivo que jamais vimos". E deixou a promessa: "Vocês são inacreditáveis. Não vamos demorar tanto tempo a voltar".
Finalmente, Dave Matthews Band
26.05.2007 - 14h30 Silvia Pereira, PÚBLICO
"Tenho pena que tenhamos demorado tanto tempo a vir cá. Muito obrigado por terem esperado!" Foi assim que Dave Matthews começou por agradecer a longa espera dos milhares de fãs que encheram ontem à noite o Pavilhão Atlântico. Num concerto com "finalmente!" escrito por todo o lado, líder e banda suaram para deixar o momento bem marcado na memória de todos, colmatando a ausência com mais de três horas de concerto – dois encores incluídos – sempre no topo da criatividade, força e génio que vêm colados ao seu nome. Se há esperas que valem a pena, esta foi uma delas.
O violino com wah-wah, de Boyd Tinsley, em "Everyday" foi o começo auspicioso de uma noite pejada de ritmo e de grandes emoções. "Que recepção!", comentou Matthews antes de "Dreaming", seguida do "Obrigado" que nunca é demais (com pronúncia melhorada ao longo do concerto, tantas foram as vezes que agradeceu). Comunicativo, bem disposto, modesto, com sentido de humor apurado. Foi este o Dave Matthews que Portugal encontrou pela primeira vez. Não era só ele que repetia "obrigado". Os fãs iam dizendo a mesma palavra baixinho. Ou agradeciam o momento com aquilo por que o público português é conhecido: uma entrega incondicional.
Em noite de estreia, a opção mais óbvia podia ter sido tocar o maior número de canções com a maior abrangência discográfica possível. Como o "óbvio" não faz parte do vocabulário da Dave Matthews Band, a escolha foi outra: pegar nos temas e construir pontes, a partir deles, para o excercício de uma inventividade sem par.
As várias "jams" que se introduziram por entre as canções poderiam ser, noutra banda, causa de bocejo. Na Dave Matthews Band, porém, esse jogo musical é um momento de revelação do quanto a banda é decisiva no resultado, do quanto os músicos estão entrosados após anos e anos de convívio, do quanto é importante saber manter o puro gozo de tocar. Isto, mais do que meramente agradável, é contagiante. É como se Dave Matthews e os seus abrissem as portas para um mundo só deles. Ou como se recebessem estes (novos) amigos na sua casa musical.
Naturalmente excelente
As músicas estendem-se "ad infinitum" sem se tornarem cansativas, porque vão desaguando constantemente em novas formas, outros ritmos, instrumentos diversos e, no limite, diferentes estados de espírito. Assim se construiu um concerto que alternou, como os álbuns, entre momentos de subtileza ("Gravedigger"), de paixão ("The idea of you"), de profunda sensibilidade ("Sister"), de puro gozo ("Stay") ou de pulmões abertos para toda a sala – o mundo – ouvir ("When the world ends").
Há muito pouco de "virtuosismo pelo virtuosismo", apesar de ser obrigatório tirar o chapéu a todo e cada um dos elementos da banda, com um destaque muito especial para as fantásticas manobras do baterista Carter Beauford (sem dúvida o pilar de sustentação deste palácio). Até Tom Morello – o mítico e mui inventivo guitarrista dos Rage Against The Machine, hoje nos Audioslave e em carreira a solo sob o nome The Nightwatchman (projecto que apresentou na primeira parte do concerto) – consegue manter-se discreto quando se junta à banda. É um virtuoso? É. Mas, aqui, é com naturalidade e partilhando o holofote que se deixa cair num invejável solo de guitarra.
Tudo é naturalmente excelente, sem uma única nota negativa ao longo de mais de três horas de música. Não é fácil dar concertos tão longos. Menos fácil ainda é fazê-lo sem cansar o público. Longe disso – a sala, repleta, queria ainda mais. Faltaria sempre uma música, dada a vastidão do espólio do grupo norte-americano. E convém que sobre alguma coisa para a prometida próxima vez. Antes de finalizar o primeiro encore – ainda viria um segundo para "Don't drink the water" e "Rapunzel"” – Dave Matthews mostrou ter sido também ele conquistado: "Tenho que vos dizer que vocês são o público mais vivo que jamais vimos". E deixou a promessa: "Vocês são inacreditáveis. Não vamos demorar tanto tempo a voltar".
quarta-feira, 23 de maio de 2007
When I walk, I walk so tall...
Not bent or doubled up
Like the other monkeys that I know...
Still I don't know if I have a soul
Or if Heaven's the place to go...
Or if Hell's where we burn...
Or if sinning's what we do...
Where do I know that I'm the smartest monkey...
That I know...
Dave Matthews in Proudest Monkey
Not bent or doubled up
Like the other monkeys that I know...
Still I don't know if I have a soul
Or if Heaven's the place to go...
Or if Hell's where we burn...
Or if sinning's what we do...
Where do I know that I'm the smartest monkey...
That I know...
Dave Matthews in Proudest Monkey
terça-feira, 22 de maio de 2007
There will always be an emptiness!
Por: Tiago Pereira da Silva
I whisper a thing in your eyes only
I only see what the true wants me to see
I see what is to be me
And you make me wish not to be lonely
There is always a cure for emptiness
Because the solution not always as to be
To full what is to be furless
Cause you can chop the entire tree
That is making you out of free
Promise me not to tell
The entire sate of the things
Spread only your wings
When you’re able to see the bell
I whisper a thing in your eyes only
I only see what the true wants me to see
I see what is to be me
And you make me wish not to be lonely
There is always a cure for emptiness
Because the solution not always as to be
To full what is to be furless
Cause you can chop the entire tree
That is making you out of free
Promise me not to tell
The entire sate of the things
Spread only your wings
When you’re able to see the bell
A luz que existe
A investigação é manual
Tem que ser sempre
O átomo não casa com automático
O pão não casa com o gradual
O lixo é bicho que existe
Um elemento profundamente aquático
O Globo gira em meu torno
Em meu trono
Em meu quarto
Ele é guia Pai
A luz que existe
Não, nunca sai
Da rota que surgiste
Estremece o calor
Ardente insiste em entrar
Como um colar de vapor
Como uma amante a se dar
Como aquela serpente
Com o seu impetuoso olhar
Que nos transforma a mente
Para nos desmascarar
Desmascarar do quê ?
Perguntas nua ao luar
Sentes te ausente
Predominantemente quente
Café que corre do teu transpirar
Faminta, deixas me provar
Do teu corpo suado
Fazes do teu – meu
Fazes do seco - molhado
O teu cheiro perfuma
A brisa do mar que se ergueu
Na nossa frente
Todo eu consumado
Consumido por ti
Pelo que nem é teu
Mas tornaste
Meu rosto esconde-se à espreita
Dos teus medos carrilados
Na areia fina da praia
Sou de vez programado
Para o teu mundo incerto
E todo aquele deserto
Que é não ser amado
Por: Tiago Pereira da Silva
Tem que ser sempre
O átomo não casa com automático
O pão não casa com o gradual
O lixo é bicho que existe
Um elemento profundamente aquático
O Globo gira em meu torno
Em meu trono
Em meu quarto
Ele é guia Pai
A luz que existe
Não, nunca sai
Da rota que surgiste
Estremece o calor
Ardente insiste em entrar
Como um colar de vapor
Como uma amante a se dar
Como aquela serpente
Com o seu impetuoso olhar
Que nos transforma a mente
Para nos desmascarar
Desmascarar do quê ?
Perguntas nua ao luar
Sentes te ausente
Predominantemente quente
Café que corre do teu transpirar
Faminta, deixas me provar
Do teu corpo suado
Fazes do teu – meu
Fazes do seco - molhado
O teu cheiro perfuma
A brisa do mar que se ergueu
Na nossa frente
Todo eu consumado
Consumido por ti
Pelo que nem é teu
Mas tornaste
Meu rosto esconde-se à espreita
Dos teus medos carrilados
Na areia fina da praia
Sou de vez programado
Para o teu mundo incerto
E todo aquele deserto
Que é não ser amado
Por: Tiago Pereira da Silva
Para mim!
Dobrei o cabo ás cego
Cego me vi em tudo
Alcançando um livro
Imaginem-se mudos?
E cegos?
Como quem quer enxergar
Um livro do João Cabral
Ou a poesia do Chico,
Que rasga a sabedoria de cada palavra,
Para desencadear outra e outra,
E o Guimarães Rosa?
O velho senhor da palavra,
Que no Pessoa tem um dos seus
Expoentes máximos
E em Mário a sua nova luz
A das possibilidades
O Vini também veio
Intrigado ó poetinha ?
Mandam-no sentar
Para não cair de bebedeira
Que em si mesmo conserva a poesia
Eu e água !
Exclama Caetano
Do alto das suas dúvidas
Vilarejos em mil questões
Por que da água vem a sua poesia
E da inteira Terra também
O Gil foi convidado
E o Jorge Benjor também
Que da África trouxeram os polos
A das misérias mas sobretudo
Do cantar, a mais primária
Por: Tiago Pereira da Silva, 5 de Novembro de 2006
Cego me vi em tudo
Alcançando um livro
Imaginem-se mudos?
E cegos?
Como quem quer enxergar
Um livro do João Cabral
Ou a poesia do Chico,
Que rasga a sabedoria de cada palavra,
Para desencadear outra e outra,
E o Guimarães Rosa?
O velho senhor da palavra,
Que no Pessoa tem um dos seus
Expoentes máximos
E em Mário a sua nova luz
A das possibilidades
O Vini também veio
Intrigado ó poetinha ?
Mandam-no sentar
Para não cair de bebedeira
Que em si mesmo conserva a poesia
Eu e água !
Exclama Caetano
Do alto das suas dúvidas
Vilarejos em mil questões
Por que da água vem a sua poesia
E da inteira Terra também
O Gil foi convidado
E o Jorge Benjor também
Que da África trouxeram os polos
A das misérias mas sobretudo
Do cantar, a mais primária
Por: Tiago Pereira da Silva, 5 de Novembro de 2006
Subscrever:
Mensagens (Atom)