sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Carta a Francisco Buarque de Hollanda


Nesse caldeirão
De porção mágica,
Mergulhou – Chico,
Ainda menino.
Reinventou tudo!
Palavras emprestadas,
De seu Tio.

Porque desse poço
Bebeu ele, um dia…
Recebendo o poder
Da insígnia, Indefinidamente.
Aurélio, vê-te nele
Obélix,
Como um Druida Panoramix!

Vamos dar a todos
De beber um dia.
A ti meu povo,
O do último grau
Do abandono.
Que vives ao sul
E ao relento…

Porque esse hemisfério
Do norte, que
Para ti - te cospe,
E despreza o esterco,
Com que te lavas,
Sabe da denúncia
E intenção.

Dessas raízes submersas,
Que um pai te
Levou a cantar –
Esses seres alienados
Que choram com
A fímbria da morte
A preparar.

Precisamos todos
Que ele nos cante…
Precisamos todos
De um dia fixo
Para te tornar,
Meu povo,
Um amparo - Ideafix.

Rodrigo Camelo

1 comentário:

Anónimo disse...

Personalidade interiorizada.. Transformas a realidade em actos poéticos...n ha nda melhor..