Fazes-me sempre ver
Que quando te alcanço
Quase entendo o avanço
Do teu céu húmido ser.
Representas o que nem sabes.
De uma terna dignidade
Como amparo-paternidade,
Desse alguém, sem herdades.
E quando volto ao lugar de Si
Volto, ao Redol do teu Carvalho.
E aos muitos que, entre ti,
Ainda espreitam nesse orvalho.
Integras mais um irmão
Para essa cultura unir.
Para o templo desse chão,
A estátua-irmã-cinza, esculpir.
Xenofilia a tua língua
Dos teus deuses da criação.
O silêncio, a tua mingua,
Quando da fobia fazes, negação.
Incensurável começo esse,
Desse hospício de enjeitados.
É que os por ti rejeitados
Inflamam cegos, como esse.
Adoptas a incestuosa fé,
Derrubas os montes exactos,
Prendes-te ao eterno pé
Da silva mãe desses matos.
Largas por fim esses gritos
No fumo de cada queimada,
E ao longo desta cruzada
Dançam palavras tuas nos livros.
Por: Tiago Pereira da Silva
sábado, 29 de dezembro de 2007
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