domingo, 23 de dezembro de 2007

O Menino da Inquietante Coragem

Meu menino…
“Os muros nunca são altos!”
Desafia a lógica e rompe,
Cordas de aço
Desse eterno sistema.
Vê também,
Que seres pequeno
É apenas, uma perspectiva.

Aqui onde me encontro,
Na margem das cores,
Não há lugar para as palavras.
Somos todos herdeiros do silêncio
Não existem controvérsias,
És sempre tu - Mãe natureza.
Ela escolheu-me
E não o contrário.

O improviso recolheu-me,
Na corda e na navalha.
Parecia já preparado,
Para o que adiante constato.
Comprovo chocado
E testemunho o fulgor
Desse interminável
Segundo acto.

Vira ali à esquerda
E quando ameias vires,
Grita o eco
De um Zeca ao ouvido.
Derruba as cercas
Que te fazem sonhar.
Vê te no alto…
E tudo parece brinquedo.

Eu, reencontro o sábio,
A cada leve, a cada passo.
Sua barba, sua mochila,
Contam-me as histórias
Da eterna geração
Que interna meu medo
E dá alta ao templo
Da inquietante coragem.


Tiago Pereira da Silva

1 comentário:

Unknown disse...

Espero q os "muros" se tornem um pouco mais baixos e o atrito de sempre, se torne chão para deslizar...pq por vezes temos mesmo que aceitar que independentemente do muro que tenhamos de saltar, o escuro é passagem obrigatória, paragem aleatória..

Espero que assim seja sempre, que o muro vá ficando cada vez mais baixo e fácil de ultrapassar. Sabes tanto qt eu que se para isso for preciso uma escada, uma corda ou apenas uma mão, cá estarei para te ajudar a trepares além fronteiras até... o outro lado do mundo...