quinta-feira, 21 de junho de 2007

Sempre que ausente!


Prólogo inicial: Para ti...

Triste e só, tu
Despes a máscara no calor
Desprendida da realidade
De todo o amor
De tudo, o que à tua volta arde
Mal dita seja essa dor
Porque faz-te querer a verdade
No interior dessa imensa cor
Enxergas a tua vontade

Os olhos são, de um azul prado
As mãos,
As de um profeta amarrado
Solta-te! … Despe a mente,
Vê-te enfim como és,
E descobre o imenso prazer
Da tua liberdade.
Porque és somente só
Porque és realmente a única
Que vive límpida e transparente
Que inunda energia ao semelhante
Que mergulha no poço
E que não nada para dele,
Levar a mais ingrata ternura
A vida és tu, que raias um sol
Um luminoso sol presente
E que arrefece as almas
Sempre que ausente.


Imagem: Coluna Partida, 1944 - Frida Kahlo

Em 1944, quando Frida Kahlo pintou este auto-retrato, a sua
sáude piorara ao ponto de ter de usar um colete de aço.
Uma coluna jónica, partida em vários sitios, toma o lugar
da sua coluna fracturada. A racha do corpo dela e as fendas da
paisagem desabrigada e gretada tornam-se um símbolo da dor e da
solidão da artista.

1 comentário:

Clara disse...

Muito bonito Tiago....
De facto és um rapaz muito especial!
Beijo