Fazes-me sempre ver
Que quando te alcanço
Quase entendo o avanço
Do teu céu húmido ser.
Representas o que nem sabes.
De uma terna dignidade
Como amparo-paternidade,
Desse alguém sem herdades.
E quando volto ao lugar de Si
Volto ao Redol do teu Carvalho.
E aos muitos que, entre ti,
Ainda espreitam nesse orvalho.
Integras mais um irmão
Para nessa cultura unir
O templo desse chão
E a estátua-irmã-cinza, esculpir.
Xenofilia a tua língua
Dos teus deuses da criação.
O silêncio a tua mingua
Quando da fobia fazes a negação.
Incensurável começo esse
Desse hospício de enjeitados
É que os por ti rejeitados
Inflamam cegos como esse.
Adoptas a incestuosa fé,
Derrubas os montes exactos,
Prendes-te ao eterno pé
Da silva mãe desses matos.
Largas por fim esses gritos
No fumo de cada queimada,
E ao longo desta cruzada
Dançam palavras tuas nos livros.
Freixial, Tiago Pereira da Silva
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário