domingo, 6 de julho de 2008

Carta a Francisco Buarque de Hollanda


Nesse caldeirão
De porção mágica
Mergulhou – Chico
Ainda menino
Reinventou tudo…
Palavras emprestadas
De seu Tio.

Porque desse poço
Bebeu ele um dia…
Recebendo o poder
Da insígnia indefinidamente.
Aurélio, vê-te nele,
Obélix!
Como um Druida Panoramix!

Vamos dar a todos
De beber um dia.
A ti meu povo,
O do último grau
Do abandono.
Que vives ao sul
E ao relento…

Porque esse hemisfério
Do norte, que
Por cima - cospe,
E despreza o esterco
Em que te lavas,
Sabe da denúncia
E intenção.

Dessas raízes submersas,
Que um pai te
Levou a cantar –
Esses seres alienados
Que choram com
A fímbria da morte
A preparar.

Precisamos todos
Que ele nos cante…
Precisamos todos
De um dia fixo
Para te tornar,
Meu povo,
Um amparo - Ideafix.

Rodrigo Camelo

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