Não me prometeste o destino
Apuras-me a poesia,
E estudo-te, como se de fantasia tratasse,
Que brilho é esse de Gávea?
Ou de elemento neutro de pátria.
Zélia és tu, e eu devasso-te
E sinto a tua sede
Corre louca pelo ar
Que me procura,
Que me procura.
Come meu tronco
E ramos da minha existência,
Come tudo em mim!
Até ficares saciada.
Pára de fingir
Alimenta-te simplesmente…
Não desperdices essa vontade.
Aprende-te, e, convoca
Todos os sentidos
Até os que ainda não inventaram.
Nesse mediterrâneo te encontro,
A tua cabeça dança ao acaso
A sorte vem dessa força
A que chamamos vontade.
Não desistas de tentar ser,
Só eu te descubro de facto
Porque estou, deveras, programado
Para fazer do novo o acaso.
Rouba todo o meu fluido
Toma-o como teu
Confunde-o com o teu transpirar
Mergulha toda em ti… Iara,
Suplica pelo meu respirar.
Eu atinjo tudo
E subo alto,
Bem alto onde,
Não enxergo mais teu olhar,
De deusa boto amazónica.
Quero por ti esperar,
Para enfim colidir nas lonas.
Escorre todo o teu líquido
Na minha boca sedenta
Que de ti precisa
E que espera e espera,
Mas improvisa.
Rodrigo Camelo
sábado, 20 de setembro de 2008
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