Minha poesia vem da música
De um mano, que cantou João,
Que contou João, num outro retrato.
Não o meu e o meu não João.
Essas palavras, disse ele um dia,
Quase em tom de dissertação,
Que tem ponte, na contradição,
Por não enxergarmos a via.
Ele vagueia em mim,
De um outro lado oposto sim.
O de um pequeno soldado,
No senhor ser, de um serrado.
Ele, de giz faz carvão,
De um punhal de ardor,
Um ser feliz solidão,
Passeia-nos na boa dor,
Revela-nos todas as palavras.
As que já existiam,
E que nos esclareciam…
Mas que surgem cortadas.
Do templo sol criado,
Das pirâmides não achadas,
De peças maias encontradas,
Vê-nos ele, o privado.
Que sangue é este?
O de toda a verdade,
Que corre em mim de este,
Para norte e sul da herdade.
Eu não sou mais ele,
Vivo enfim enforcado,
Completamente embriagado,
Na evidente utopia, só dele.
Rodrigo Camelo
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
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1 comentário:
ainda bem que o rodrigo est� de volta...sabes que gosto muito dele...e de utopias evidentes, tamb�m!
;)
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