segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Fantasia Apurada


Não me prometeste o destino
Apuras-me a poesia,
E estudo-te, como se de fantasia tratasse,
Que brilho é esse de Gávea?
Ou de, elemento neutro de pátria.

Zélia és tu, e eu devasso-te
E sinto a tua sede
Corre louca pelo ar,
Que me procura,
Que me procura.

Come meu tronco
E ramos da minha existência,
Come tudo em mim
Até ficares saciada.
Pára de fingir,
Alimenta-te simplesmente…

Não desperdices essa vontade.
Aprende-te e convoca todos
Os teus desejos,
Até os que ainda, não chegaram.

Nesse mediterrâneo te encontro,
A tua cabeça dança ao acaso,
A sorte vem dessa força,
A que chamamos vontade.

Não desistas de tentar ser.
Só eu te descubro de facto,
Porque estou, deveras, programado
Para fazer do novo, o acaso.

Rouba todo o meu fluido,
Toma-o como teu,
Confunde-o com o teu transpirar,
Mergulha toda em ti… Iara,
Suplica, pelo meu respirar.

Eu atinjo tudo,
E subo alto,
Bem alto, onde,
Não enxergo mais teu olhar,
De deusa boto amazónica.

Quero por ti esperar,
Para enfim colidir nas lonas.
Escorre todo o teu líquido,
Na minha boca sedenta,
Que de ti precisa,
E que espera e espera,
Mas improvisa.

Por: Tiago Pereira da Silva

Inspirado na música instrumental Fantasia Suite de Al Di Meola

1 comentário:

Anónimo disse...

encontrarás...se abrires o teu coração...

abracinho ;)