A propósito dos óscares e ao ler o suplemento de hoje do jornal Público que dá um grande destaque ao filme - Babel, devo confessar que fiquei não só espantado, como perplexo com algumas das criticas que não conhecia de "especialistas" de renome sobre este filme (excepcional) de Inãrritu. Já sei o que alguns devem estar a pensar! Olha, lá está este gajo a defender um filme, que para alguns não tem "defesa" possível. Bem sei que o filme dividiu a critica, mas pelo nosso senhor do... é melhor passar a citar:
Mark Peranson (Director da Revista Cinema Scope): "Babel é um crime contra a humanidade e, possivelmente, o pior filme alguma vez feito" foi até ao ponto de dizer que:
- "Agora que o tribunal internacional de Haia já despachou Milosevic, proponho Iñarritu".
Bom, eu tenho para mim que: propor a esse tal de Peranson umas férias (vamos lá, tipo seis mesinhos) com tudo pago em Guantanamo não seria de todo exagerado. E estou a ser querido.
Podemos observar que a crítica foi de extremos, há quem tenha atribuido cinco estrelas, como uma, ou até, uma bolinha preta - sinal de péssimo em muitos jornais e revistas.
Também se percebe o facto de o filme ter provocado uma reacção de reconhecimento muito forte, junto do público tal como referenciou o crítico João Lopes (que deu a Babel o que se dá ás obras-primas, cinco estrelas - in Público), no sentido de as pessoas se reconhecerem no filme e reconhecerem o mundo em que vivem.
Acredite-se ou não, existem na blogoesfera imensos links e blogs que arrasam até não poder mais o filme deste mexicano que espantou o mundo quando apareceu com Amores Perros .
Daniel Oliveira diz: "Os nossos críticos detestaram Babel, e eu sinto uma profunda dessintonia com a critica. Não percebi porque é que a crítica não gostou, mas devo dizer que fico demasiadas vezes sem perceber porque é que a crítica não gosta" E termina dizendo: "Um palpite, a maior parte dos críticos tem sensibilidade artística mas nenhuma sensibilidade política; não há ninguém pior a falar de cinema do que um crítico de cinema"
Concordo e subescrevo. O cinema ou é popular ou não serve para "consumo". Acho que seria interessante inspirar-me no, infelizmente, já falecido João César Monteiro, transformar um bocadinho a frase e dizer com todas as letras: "Eu quero que os críticos se fodam!"
2 comentários:
Concordo em genero, número e grau e assino embaixo. não há como entender esse tipo de crítica para com essa obra prima. na verdade críticos não entendem nada mesmo. alias nem sei pra que servem. affff!!!!
bjo
Concordo, bro. A verdade é, nestes casos, sempre inconveniente.
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